4.4.10

Morre-se


Anne-Marie Zilberman
 Morre-se de tanta coisa
Quanto a mim         morro-me de ausência
 

(...)
morro-me com todo este céu a cair-me por entre os dedos; pedacinhos
de memória pendurados...
morro-me também...
da melancolia,...
quando tu, sem eu saber
porquê, nem te aproximas nem acenas
              ah sim, também se morre de silêncio

Victor Oliveira Mateus,
 
A noite e a voz

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