Não roubarás minha cor
Vermelha, de rio que estua.
Sou recusa: és caçador.
Persegues: eu sou a fuga.
Não dou minha alma cativa!
Colhido em pleno disparo,
Curva o pescoço o cabelo
Árabe — E abre a veia da vida.
[Poema de 1924, tradução de Haroldo de Campos]
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Não colherás no meu rosto sem ruga
A cor, violenta correnteza.
És caçadora — eu não sou presa.
És a perseguição — eu sou a fuga.
Não colherás viva minha alma!
Acossado, em pleno tropel,
Arqueia o pescoço e rasga
A veia com os dentes — o corcel.
Árabe.
[Tradução de Augusto de Campos]
MARINA TSVIETÁIEVA
Escritora russa Marina Tsvetáieva, que, sob pressão do stalinismo, matou-se, aos 49 anos, em 1941.
Os poemas foram extraídos do livro Poesia Russa Moderna e as duas traduções indicam como um poema pode ser recebido noutra línguas de várias formas.
4 comentários:
Fátima...amei sua visita e amei seu blog. Lindo o poema de Marina Tsvetáieva e saber de sua história enriquece a minha própria história, parabéns e obrigada por compartilhar.
Já a admirava amiga e hoje mais ainda. Beijinhos e Linda Noite do Dia Internacional da Mulheres..haha
Boa noite, Fátima.
Muito obrigada pela sua visita. Feliz dia das Mulheres, pra você também!
Seu blog é maravilhoso, e vou me deliciar dele, com certeza.
Um grande abraço.
Muito obrigada pelo carinho.
Que Deus a ilumine hoje e sempre.
Um grande abraço no coração.
Ei, isso aqui é bem bonito heim? Vou voltar com mais calma. Bjs Ah! Espero que vc tenha tido um dia da mulher maravilhoso! Bjs de novo
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