29.3.10

Sonetos a orfeu

_Apogeion
A nós, nos cabe andar.
Mas o tempo, os seus passos,
são mínimos pedaços
do que há de ficar.

É perda pura
tudo que é pressa;
só nos interessa
o que sempre dura.

Jovem, não há virtude
na velocidade
e no vôo, aonde for.

Tudo é quietude:
escuro e claridade,
livro e flor.

Rainer Maria Rilke
(1875 - 1926)

Um comentário:

Maria Auxiliadora de Oliveira Amapola disse...

Boa noite, Fátima.
Lindos versos!
Tudo é quietude...

Um grande abraço.