Imagem: InertiaK
À meia noite o portal se abria
E tudo se passava no meu bosque.
Eu saía do meu quarto e lá eu ia
Para o mágico encontro no quiosque
E tudo se passava no meu bosque.
Eu saía do meu quarto e lá eu ia
Para o mágico encontro no quiosque
Das fadas e demais elementais
Que temias, eu me lembro, e evitavas
Como conspirações de ardis fatais
Que nos mandariam e tudo às favas:
A ordem, os desígnios e o destino
Que a gente há muito construía
No plano destes prados, dia a dia.
Mas tu mesmo, Rodo, foi primeiro
A me mostrar no espelho o aço fino
Que temias, eu me lembro, e evitavas
Como conspirações de ardis fatais
Que nos mandariam e tudo às favas:
A ordem, os desígnios e o destino
Que a gente há muito construía
No plano destes prados, dia a dia.
Mas tu mesmo, Rodo, foi primeiro
A me mostrar no espelho o aço fino
Entre o bosque e o mundo verdadeiro.
Alma Welt
ALMA WELT (1972-2007) escritora gaúcha nascida em Novo Hamburgo, poeta
lírica, grande sonetista (escreveu cerca de 700 belíssimos sonetos),
deixou uma obra profícua e numerosa, constando de um romance
autobiográfico inédito em quatro tomos denominado "A Herança".
Alma suicidou-se aos 35 anos por afogamento, na sua estância pampiana, no
auge de seu talento e beleza. Admirada pelo grande poeta Paulo
Bomfim (que escreveu um prefácio para o próximo livro dela a ser
publicado) e pelo famoso bibliófilo José Mindlin (que possui obras
inéditas dela) começa agora a sua trajetória triunfante, como "a última
grande lírica do século XX", Poeta e Musa ao mesmo tempo.
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