Sister moon
És sempre insólito e misterioso
e eu, a cada dia, mais submissa.
Mas teu amor, ó meu amor tirano,
é uma provação a ferro e fogo.
Tu me proíbes de rir e de cantar
de
rezar já me proibiste há
muito tempo.
Desde que a nos separar nós não cheguemos,
pouco te importa o que me
aconteça!
Assim, estrangeira ao céu e à terra,
eu
vivo e já não canto mais.
É
como se afastasses minha alma
peregrina
tanto do inferno quanto do céu.
Por causa de teu amor enigmático
eu gemo como uma enferma.
Fui
ficando amarelada e trêmula,
quase
não consigo mais andar.
Não me venhas com novas canções,
que
elas podem ser enganadoras;
mas
arranha, arranha com mais
força
este meu peito
de tísica,
para que o sangue mais rápido espirre
de meu colo
sobre a cama,
e a morte de meu coração arranque
para sempre
esta maldita embriaguez.
Ele me disse que não tenho rival,
que para ele não sou uma mulher deste mundo,
e sim um sol de inverno que à
terra tráz alegria,
Uma
canção selvagem vinda da terra natal.
Quando eu morrer, ele não ficará triste,
não gritará, cheio de pavor: "Ressuscita!"
Mas,
de repente, perceberá que é
impossível viver
o
corpo sem sol, a alma sem canções.
E
daí?
[...]
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