Ando cada vez mais intrigado com o lugar para onde vão as coisas que
vivemos. Deve por certo haver algures algum registo, um filme detalhado.
Que isto não é só isto, senão bastava-se. O meu pai, por exemplo,
continua a viver em mim. O que mostra bem a imortalidade das almas. O
que eu não percebi talvez fosse para não ser percebido. O que vivi
talvez fosse para não ter sido vivido. O que matei levo-o comigo fechado
dentro de um saco. Sem poder ter a certeza. Se a tivesse dava-a de bom
gosto a quem ma pedisse. Eu não nasci assim louco. Eu lentamente adoeci.
Pedro Paixão
in Deus criou o mundo porque gosta de histórias
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