1.3.10

Um a mais

Eu poderia ser um ser comum
Que se alimenta - com humano jeito
De mágoas, dores,raiva e preconceito...
Alguém assim - igual a qualquer um.

Mas, diz me doce voz dentro do peito,
Que mal não faz-me todo este jejum,
Que ao nada leva e a lugar nenhum
O que - de fora - eu avisto e espreito.

Eu poderia ser um ser comum,
Alguém, assim, igual a qualquer um
Que em si carrega os seus restos mortais.

Porém abraço a minha condição:
Paz infinita habita o coração
Dos que não são apenas um a mais.

Sílvia Schmidt
Imagem: Deviantart.

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