19.3.10

Noite aberta.

ceco todorov
Noite aberta.
A lua tropeça nos juncos.
Que procura a lua?
A raiz do sangue?
Um rio que durma?
A voz delirando
no olival, exangue?
Sonâmbula,
que procura a lua?
O rosto da cal
que no rio flutua?

Eugenio de Andrade

Nenhum comentário: