Imagem: Sister Moon
Parece que foi ontem
que nos vestíamos de fogo
para transpormos riachos
sem nos molharmos por dentro.
Ficávamos de pele encharcada e,
com a boca na brisa que em nós rebentava,
despíamo-nos ao sol
para colher o silêncio das flores
no ventre da vida.
Parece que foi ontem
que pintámos o estio na alma
para profanarmos os nossos segredos
em rios de margens intangíveis.
E, de cada vez
que o desejo se imprimia na carne,
a cor dilatava-se
em pinceladas de sussurros,
plasmados ao corpo em delírio.
Parece que foi ontem
que me deixaste
ao sabor da procura dos teus beijos,
perdido no caruncho da saudade.
Parece que foi ontem
que me tornei um mendigo
de corpo e alma perdido,
sufocando à míngua da tua brisa,
morrendo só, na memória do teu fogo.
que nos vestíamos de fogo
para transpormos riachos
sem nos molharmos por dentro.
Ficávamos de pele encharcada e,
com a boca na brisa que em nós rebentava,
despíamo-nos ao sol
para colher o silêncio das flores
no ventre da vida.
Parece que foi ontem
que pintámos o estio na alma
para profanarmos os nossos segredos
em rios de margens intangíveis.
E, de cada vez
que o desejo se imprimia na carne,
a cor dilatava-se
em pinceladas de sussurros,
plasmados ao corpo em delírio.
Parece que foi ontem
que me deixaste
ao sabor da procura dos teus beijos,
perdido no caruncho da saudade.
Parece que foi ontem
que me tornei um mendigo
de corpo e alma perdido,
sufocando à míngua da tua brisa,
morrendo só, na memória do teu fogo.
Nilson Barcelli
Nenhum comentário:
Postar um comentário