Imagem: Fulvio Pellegrine
Como diriges a tua prece,
Quando o teu coração fenece,
Nos descaminhos da ilusão?
Qual o sensorial escolhido,
Se preferes as contas do terço.
Ou as palavras de muito apreço
Só aceitas por convenção?
O que preferes olhar enquanto oras,
Serão as imagens que imploras,
Tenham vida em reversão?
A minha prece é no templo do peito
Espontânea para todo o efeito,
Não olhar nenhum crucifixo,
Nem qualquer objetivo pré-fixo,
A minha prece é só comunhão.
Volve o olhar a uma janela aberta
Onde a luz e a natureza em festa
São o Criador em manifestação.
Pois não há templo de maior beleza,
Quando toda a natureza,
Faz-se presente em teu coração.
A oração nasce do fundo da alma , não tem regras nem palavras.
Pode ser só pensamento.
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