22.12.09

Como diriges a tua prece?

Imagem:  Fulvio Pellegrine
Como diriges a tua prece,
Quando o teu coração fenece,
Nos descaminhos da ilusão?

Qual o sensorial escolhido,
Se a visão ou o tato dirigido
Se as palavras de outrem por audição?

Se preferes as contas do terço.
Ou as palavras de muito apreço
Só aceitas por convenção?

O que preferes olhar enquanto oras,
Serão as imagens que imploras,
Tenham vida em reversão?

A minha prece é no templo do peito
Espontânea para todo o efeito,
Não olhar nenhum crucifixo,
Nem qualquer objetivo pré-fixo,
A minha prece é só comunhão.

Volve o olhar a uma janela aberta
Onde a luz e a natureza em festa
São o Criador em manifestação.

Pois não há templo de maior beleza,
Quando toda a natureza,
Faz-se presente em teu coração.

José Carlos M. da Silva

A oração nasce do fundo da alma , não tem regras nem palavras.
Pode ser só pensamento.




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